sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Prece singela

Uma prece despojada, que diz tudo:

Pai de Infinita Bondade, sustenta-­nos o coração no caminho que nos assinalaste.

Infunde-­nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-­lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.

Dá-nos a força de lutar pela nossa  própria  regeneração,  nos  círculos  de  trabalho em que  fomos  situados,  por  teus sábios desígnios.

Auxilia-­nos a conter nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.

Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.

Ensina-­nos a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as coisas.

Nos dias de aflição, faze­-nos contemplar tua luz, através  de  nossas  lágrimas,  e,  nas  horas  de  reconforto,  auxilia-­nos  a  entender tuas bênçãos com os nossos semelhantes.

Dá-­nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas difíceis.

Concede­-nos, sobretudo, a graça de compreender a tua vontade, seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em teu nome e para que sejamos filhos dignos de teu infinito amor.

Assim seja!

Agar (Chico Xavier psicografou)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A prece


"...é a prece que governa o mundo; por ela,  tudo  conseguimos  realizar,  levantamo-­nos  das  nossas  quedas,  suportamos  o  irremediável, destruímos o mal, conservamos o bem”. Lutero

Nestes tempos difíceis devemos nos manter em sintonia constante com as esferas superiores. Assim, a prece se torna nosso escudo, nossa permanente proteção contra nós mesmos - nossas más inclinações - e contra todas as ameaças exteriores.

A prece nos coloca em "estado de prontidão" para agirmos, prosseguirmos, corrigirmos a rota.

Por meio dos fios invisíveis do pensamento nós recebemos preciosas orientações dos amigos espirituais, que costumam nos livrar de uns tantos embaraços e obstáculos.

Sigamos firmes e com Deus!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem é que ama, acolhe, orienta e manda (sem autoritarismo) aqui?!


...se temos em relação aos filhos uma grave responsabilidade, cabe­-nos uma quota correspondente de autoridade.  Essa autoridade  deve  e  precisa  ser  exercida,  com  amor  mas,  também,  com  firmeza; sem berros e pancadarias, mas sem tibiezas. Há o momento do - Não! tanto quanto o do - Sim.

Nossos Filhos são Espíritos - Hermínio C. Miranda

Se os pais demonstrassem mais firmeza e presença ativa na vida dos filhos,  quantos males e tragédias a Humanidade teria evitado nestas últimas décadas?!

domingo, 25 de setembro de 2011

Aborto: debate à luz do espiritismo (i)


O aborto, sabemos, não é tema pacífico e muitas discussões tem sido travadas em torno dele.

Nós, espíritas, somos francamente contra esta prática, salvo os casos em que a vida da mãe corre risco de morte.

Não é simples e fácil, no entanto, nos posicionarmos em face do largo espectro daqueles que, voluntariamente ou não, se juntam "em favor da vida" e "contra o aborto".

E é, por me sentir particularmente incomodado, com as críticas que se tecem indistintamente contra nós, os "defensores da vida intrauterina", que me pronuncio agora.

Vejamos o trecho de um artigo publicado no Le Monde Diplomatique:
Aborto: entre o hospital e a clandestinidade
         Anne Daguerre (4 de Março de 2008)
Ninguém duvida que a interrupção voluntária da gravidez constitui uma dolorosa e até mesmo trágica opção. Mais trágico, porém, é constatar que sob o véu de cruzadas conservadoras pelo “direito à vida” se ocultam em todo o mundo, práticas terríveis como os abortos clandestinos, o abandono de crianças e o infanticídio
A respeitável articulista (vide dados abaixo) junta todos os que se posicionam contra o aborto como "conservadores". E mais: em outras palavras nos acusa de nos fazermos cegos ou de criarmos cortinas de fumaça (ou de estendermos véus obscurantistas) sobre o fato, inegável, de que existem "práticas terríveis" como os abortos clandestinos, o abandono de crianças e o infanticídio.

Ora o fato, inegável e óbvio, das práticas de 1) aborto clandestino; 2) abandono de criança e 3) infanticídio não tem relação direta com o fato de alguém ser contra a prática do aborto.

É como se dissessem (e dizem):

           SE não apoiarmos as práticas "limpas" e "terapêuticas" (logo, "saudáveis") do aborto legal,
                LOGO
                      concordamos as citadas práticas acima.

Enfim, já se tornou chavão a defesa da prática do aborto como solução para problemas solciais complexos... E, ao mesmo tempo, a defesa da vida do nascituro somente poderia ser uma bandeira daqueles que se juntam em "cruzadas conservadoras", isto é, arcaicas, ultrapassadas, sem qualquer legitimidade, por estarem vinculadas a determinados agrupamentos religiosos, que são, por natureza, "reacionários", "conservadores" e destituídos de qualquer voz "razoável" em torno do tema.

Nós, os espiritualistas de todas as procedências, não podemos, indistintamente, sermos classificados como  "de direita", "conservadores", "reacionários" e incluídos no mesmo rol de movimentos fundamentalistas ou reacionários, que se posicionam contra o aborto.

Daí, portanto, a necessidade dos espiritualistas ou dos espíritas, em particular, de distinguirmos, de algum modo, nossas ações em "favor da vida intrauterina" e "contra o aborto".

Está aberto o debate, para o qual desejamos contribuições.

Nota:
Anne Daguerre é pesquisadora na Universidade de Middlesex, de Londres, e pesquisadora-associada no CERI, Sciences-Po, de Paris.
Fonte: http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=152&PHPSESSID=42aea8cb512dc16234fbde253a5e6e7e

aborto na visão espírita (i)

A visão espírita em relação ao aborto e suas práticas parte de uma simples premissa: nós, seres humanos, somos constituídos de três elementos - o corpo físico, o corpo espiritual (ou perispírito) e o espírito, propriamente dito.

Quando encarnados, somente é possível distinguirmos, por meio dos nossos sentidos comuns, o nosso corpo físico. O perispírito, que se acopla e permanece ajustado ao nosso corpo, célula a célula, não está aprisionado a ele, sendo somente percebido por aqueles que detém uma sensibilidade apropriada - os sensitivos (que, quase sempre, são também médiuns).

Quando desencarnados, nos apresentamos com o nosso corpo espiritual (perispírito ou psicossoma) e nos vemos, nesta condição, uns aos outros, na esfera espiritual, tanto quanto vemos os encarnados (aqui mesmo na superfície do planeta ou na espiritualidade, quando os humanos encarnados para lá se deslocam, durante o sono ou emancipados por outros meios).

O espírito, essa "centelha radiante", o ser-em-si, ainda estamos longe de conceber, quando mais de os percebermos por meio de nossos sentidos comuns...

Por vivermos, portanto, ora como encarnados, ora como desencarnados, nós nos vestimos com um corpo físico ou nos desvestimos quando não mais precisamos das experiências junto dele. Nós reencarnamos e, após, a estadia no corpo denso, que pode demorar de alguns minutos a muitos anos, deixamos a veste física e retornamos ao mundo espiritual.

A questão do aborto se inicia, portanto, a partir do fato de que o nascimento de alguém na Terra é, na verdade, o retorno de um Espírito desencarnado, que volta para mais uma experiência na vida física.

Sem a "centelha radiante", devidamente revestida de um envoltório, isto é, sem a presença do ser espiritual nenhuma gravidez segue o seu curso completo, que culmina no nascimento do bebê. E mais: sem a presença do Espírito desencarnado a moldar o feto, o corpo em formação, não há possibilidade do bebê nascer e se desenvolver normalmente.

Como provar, porém, que existe um ser espiritual, que preexiste e que retorna à vida física, em mais uma edição?  

Mais ainda: como provar que efetivamente o corpo humano é criado, no ventre materno, sob a presença e indução deste ser espiritual?

Os céticos poderiam refazer, desde o início, todos os experimentos de Kardec, a começar das mesas girantes. Assim, poderiam "demolir os mitos" na sua nascente. Por quê não tentam?!

Os que não precisam mais "ver para crer" podem começar a investigação da leitura de O Livro dos Espíritos e das muitas obras subsidiárias, principalmente a de um pesquisador brasileiro, ainda "entre nós", o Hermínio Correa de Miranda. Um bom livro, que estou a reler, é Nossos Filhos são Espíritos.

Continuaremos. Até já!

...os Espíritos são gente, tanto como nós somos Espíritos. Por que não poderíamos nos entender e estabelecer um intercâmbio  proveitoso,  através  dos  canais  mediúnicos  que  a  própria natureza nos  proporcionou
para essa finalidade?

Hermínio C. Miranda in Nossos Filhos são Espíritos. 


domingo, 28 de agosto de 2011


Sob dor extenuante,

 Ligue o som


Escute a melodia, pense com a letra, faça uma prece,


e tenha a certeza de que “mãos invisíveis vão te ajudar “.

Se você já pensou em suicídio ou conhece alguém que já pensou.
Se percebeu que o assunto não circula na web ou na mídia como deveria
ajude a divulgar



 10 de setembro de 2011

O amanhã será melhor.

Suicídio é porta errada.

  Percebendo que a morte do corpo não mata a vida, todo suicida se arrepende do “ato estúpido”, que conduz a sofrimento no mundo dos Espíritos.

 Ligue o som, clique outra vez.
 
Escute a melodia, pense com a letra, uma prece, e tenha a certeza de que “
mãos invisíveis vão te ajudar“.

Frestas
      
Abra uma fresta,
rompa o escuro
busque uma fenda,
vá respirar...
solte as amarras
Saia do abismo,
cave um túnel,
Queira o ar...
Só não vá desistir de viver, amar, seguir (2x)
Se no silêncio do seu quarto a solidão te faz,
pensar que já não há razão para viver
Agora não há mais saída...
Eu quero ser aquela ponta de esperança
cantando na escuridão e te pedindo
 
pra tentar mais uma vez
Volte ao caminho, lá do início
Pague o preço, de recomeçar
Busque saídas
crie motivos,
mãos invisíveis vão te ajudar
Só não vá desistir, de viver, amar, seguir (2x)

Música: Marielza Tiscate

domingo, 17 de abril de 2011

Perda na visão espírita (ii)

A perda na visão espírita não pode prescindir de outras visões, científicas, filosóficas, quaisquer que sejam, seja para complementá-la, seja para dar sustentação a um bom debate. Ou, como é nosso propósito, dar suporte ao nosso trabalho de esclarecer e consolar (dentro das limitações possíveis!)

Estou, pois, estudando o fenômeno da perda e em busca de base para tal estudo digitei no Google "estudos sobre a perda". Encontrei trechos da obra de Maria Júlia Kovács, especialista brasileira neste tema.

Vejamos o que li:
" As perdas e a sua elaboração fazem parte do cotidiano, já que são vividas em todos os momentos do desenolvimento humano. São as perdas por morte, as separações amorosas, bem como, as perdas cosideradas como "pequenas mortes", como, por exemplo, as fases do desenvolvimento, da infância para a adolescência, vida adulta e velhice. São também vividas como "pequenas mortes" mudanças de casa, de emprego. O matrimônio e o nascimento do filho também são "mortes simbólicas", onde uma pessoa perde algo "conhecido", como o papel de solteiro e o de filho, e vive o "desconhecido" de ser cônjuge ou pai. Estas situações podem despertar angústia, medo, solidão e, neste ponto, trazem alguma analogia com a morte. Carregam em si elementos de sofrimento, dor, tristeza e uma certa desestruturação egóica. Um tempo de elaboração se faz necessário". (Maria Júlia Kovács. Capítulo 9: "Morte, Separação, Perdas e o Processo de Luto". In: Morte e Desenvolvimento Humano. 2 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992, pp. 163-164).
A noção de perda é bem mais ampla do que o nosso senso comum permite perceber. Gostei, especialmente, do termo "pequenas mortes" e "morte simbólica". Eles ajudam a pensar e a buscar meios de expressar para os leitores comuns o que seja este doloroso processo / fenômeno / acontecimento...

Aproveito para mostrar  um cartaz encontrado, mesmo que o evento já tenha ocorrido...

Perda na visão espírita (i)

Partilharei com os nossos poucos leitores (ainda) algumas reflexões a respeito da perda na visão espírita.

A propósito, o filme As Mães do Chico Xavier, em cartaz no país inteiro, trata deste tema.

Os ditos & escritos alheios nos ajuda a refletir.

O primeiro deles, para inicialmente lidarmos com uma perda das mais difíceis:

“Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte”. Sigmund Freud

Temos aqui já dois termos/vocábulos importantes para destrincharmos: vida e morte.

A concepção espírita sobre vida e morte é das mais serenas, tranquilizadoras, consoladoras que se possa imaginar...

O problema é que raros conseguem introjetar, vivenciar, respirar estes conceitos: 

Somos espíritos imortais, portanto, a alternância entre a existência no plano físico e no plano espiritual não nos deveria causar tantos traumas - tanto na ida (morte - desencarnação), quanto no retorno (nascimento - encarnação).

Curiosamente tanto na ida quanto na volta nestas nossas viagens interexistenciais há o sentimento da perda... e com ela a saudade, o desejo de reaver os entes queridos deixados para trás e outros sentimentos que se experimenta.

Se "mesmo a morte é viagem", como diz a poetisa Roseana Murray, e a vida um breve instante de vivência em uma das estações, não haveria razão para se temer o trem da baldeação entre os dois planos de vida, depois de encerrada uma etapa de existência...

Se há tantas idas e vindas e aqueles a quem amamos também seguem o mesmo roteiro, motivo nenhum deveria existir quando o trem de cada um deles chegasse antes do nosso. Portanto, mesmo entre os espíritas, não são poucos os danos causados pela vivência do sentimento da perda.

Daí a necessidade de nos acautelarmos e estudarmos os temas que envolvem a perda. O luto é outro tema conexo importante, que também abordaremos.

Por ora é só. Retomaremos, sem nenhum plano estabelecido, outras conversas sobre o assunto.

Até! 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma simples frase pode conduzir a profundas reflexões

Somente  depois  de  longas  e  porfiadas  experiências,  aprendemos  a  beneficiar  sem estabelecer algemas e a servir sem a vaidade de nos sentirmos em plano superior...
Do mentor Benigno, no conto O amigo Chaves, de Humberto de Campos, em Pontos e Contos, na psicografia de Chico Xavier.