segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Com caridade


“Todas  as  vossas  coisas  sejam  feitas  com  caridade.”  —  Paulo.  (1ª Epistola aos Coríntios, cap. 16, vers. 14)

Ainda  existe  muita  gente  que  não  entende  outra  caridade,  além  daquela que se veste de trajes humildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.

Não podemos discutir as intenções louváveis desse ou daquele grupo de pessoas;  contudo,  cabe-nos  reconhecer  que  o  dom  sublime  é  de  sublime extensão.

Paulo  indica  que  a  caridade,  expressando  amor  cristão,  deve  abranger todas as manifestações de nossa vida.

Estender  a  mão  e  distribuir  reconforto  é  iniciar  a  execução  da  virtude excelsa.  Todas  as  potências  do  espírito,  no  entanto,  devem  ajustar-se  ao preceito  divino,  porque  há  caridade  em  falar  e  ouvir,  impedir  e  favorecer, esquecer e recordar. Tempo virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos serviços do bem supremo.

Cada pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo particular.

Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o concurso santo, a fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se encontram.  Sem  amor  sublimado,  haverá  sempre  obscuridade,  gerando complicações.

Desempenha  tuas  mínimas  tarefas  com  caridade,  desde  agora.  Se  não encontras  retribuição  espiritual,  no  domínio  do  entendimento,  em  sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos devotadamente.

Há pedras e espinheiros? Fixa-te em Jesus e passa.

Emmanuel/Chico Xavier. Pão Nosso.

domingo, 19 de maio de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) XII


...o Espiritismo e seus seguidores segundo um de seus estudiosos atuais


José do Carmo Rodrigues escreveu a tese Espiritismo e conversão: Fatores motivacionais da migração religiosa para o Espiritismo, no Brasil, apresentada à Universidade Metodista de São Paulo  para a obtenção do título de Doutor.

Recomendamos a sua leitura!

Para acessar a tese clique aqui.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) X


...segundo o Espiritismo e seus estudiosos

A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo, de Alexandre Caroli Rocha. Dissertação de Mestrado apresentada no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.

Para acessar a dissertação clique aqui

O livro de poemas mediúnicos Parnaso de além-túmulo, do médium mineiro Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), composto por 259 poemas atribuídos a 56 poetas brasileiros e portugueses, é o objeto de estudo desta dissertação. A intenção do trabalho é levantar algumas questões, do interesse da teoria literária, suscitadas por esse tipo de literatura, como a autoria, o pastiche, o estilo, os limites do literário. A dissertação é formada por três capítulos. O primeiro trata do histórico das edições de Parnaso; dos poetas apresentados como os autores espirituais; dos conteúdos da antologia e das repercussões de Parnaso no meio espírita e na imprensa em geral. 

O segundo capítulo é formado por cinco estudos que procuram verificar, a partir de algumas referências críticas, que tipos de pontos em comum existem entre poemas de Parnaso e a obra de autores a quem são atribuídos. Para essa análise, selecionei um corpus de cinco poetas: três portugueses, João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro, e dois brasileiros, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos. Os resultados desses cotejos sugerem que os poemas de Parnaso não seriam o produto de uma simples imitação literária. 

O último capítulo, à guisa de conclusão, é um desdobramento dos resultados obtidos nas duas primeiras partes do trabalho. Intitulado “O contexto literário de Parnaso”, estudam-se neste capítulo os seguintes temas: a configuração autoral e a intenção probatória da antologia; alguns pressupostos do entendimento espírita de arte; a inspiração literária e o espiritismo; Chico Xavier e a psicografia e, por fim, os propósitos persuasivos da literatura espírita.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) IX

...segundo o Espiritismo e seus estudiosos

A educação da alma: o trabalho voluntário na CEA-AMIC "Onde está o teu coração, está   o tesouro" Um estudo de caso, de Maria Lúcia Caldas Santana de Castro, dissertação de  Mestrado apresentada na Faculdade de Educação da UNICAMP.

Para acessar a dissertação clique aqui


A partir de 1990, cresce em todo o mundo o número de organizações – cunhadas pelo nome de Privadas, Porém Públicas, por Rubens César Fernandes, em 1994 – que emergem do coração da sociedade civil, agregando em torno de si, uma significativa quantidade de trabalhadores voluntários, de variadas idades, etnias, credos, grau de escolaridade, nível sócio-econômico, etc. Esses indivíduos congregam-se espontaneamente, para ocupar-se especificamente, de assuntos que até poucas décadas, eram considerados pela sociedade civil, como da responsabilidade quase que única do Setor Público, como a fome, os menores em situação de risco, a degradação ambiental, a violência etc. Essa pesquisa é um estudo de caso, do trabalho voluntário, como realizado em uma dessas organizações – a AMIC – que é o órgão social da Casa do Espírito Amigo – CEA, uma instituição espírita-kardecista. Se propõe a contribuir para caracterizar as particularidades agregadas ao trabalho voluntário, quando praticado - como Caridade - nas instituições espíritas-kardecistas sob a égide da máxima FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) VIII


...segundo o Espiritismo e seus estudiosos

A tese de doutorado Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas, de Alexander Moreira de Almeida, apresentada ao Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, é um exemplo de estudo científico feito por um espírita militante, no âmbito acadêmico.

Para acessar a tese clique aqui.

Vejamos abaixo uma matéria sobre a mesma.

Psiquiatra defende Tese de Doutorado sobre Médiuns Espíritas

Médiuns são mais saudáveis que a população em geral

Em recentíssima pesquisa para tese de doutorado, sobre a fenomenologia das experiências mediúnicas, avaliando o perfil e a psicopatologia de médiuns espíritas, Alexander Moreira de Almeida obteve surpreendentes resultados. Entre eles, a investigação aponta uma saúde mental melhor entre os frequentadores do espiritismo kardecista do que na população em geral.

Alexander Moreira de Almeida, é médico e doutor em psiquiatria pela USP – Universidade de São Paulo, coordenador do NEPER – Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e diretor técnico e clínico do HOJE – Hospital João Evangelista, defendeu sua Tese de Doutorado sobre “Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas”.

Recorrendo a 115 médiuns espíritas em varias associações espíritas de São Paulo, os dados apontam que, dessa amostra, 76,5% eram mulheres, que a idade média era de 48 anos e a média de tempo no espiritismo eram de 16 anos. Sobre os tipos de mediunidades e sua prevalência, dos 115 médiuns estudados, a média ficou em 3 tipos para cada pessoa, sendo que a incorporação aparece no topo com 72% deles, a psicofonia em 66%, a vidência em 63%, a audiência em 32% e a psicografia em 23%. A média de exercício da mediunidade ficou entre 7 e 14 vezes por semana.

O doutor Alexander, como médico psiquiatra, conta que, o que o levou a escolher tal tese de trabalho, para o seu doutoramento foi a importância que as vivências mediúnicas tiveram e ainda têm nas diversas civilizações e, mesmo assim, serem praticamente inexploradas no meio acadêmico.

Seus examinadores e a própria Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, viram a sua Tese de Doutorado muito bem, ele recebeu todo o apoio do Departamento de Psiquiatria da USP, da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), bem como a banca teve uma postura muito científica: rigorosa, mas aberta.

Alexander Moreira de Almeida teve como orientador da Tese de Doutorado Francisco Lotufo Neto, professor livre-docente do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e como seus examinadores o Professor e Doutor. Paulo Dalgalarrondo, Doutor pela Universidade de Heildelberg (Alemanha), livre-docente em Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Professor e Doutor Leonardo Caixeta, psiquiatra, doutor em Neurologia pela Universidade de São Paulo, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás); Professor Homero Vallada, livre-docente, Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Londres, maior especialista em genética psiquiátrica no Brasil e pelo Professor e Doutor Paulo Rossi Menezes, psiquiatra e epidemiologista, doutor pela London Universisty, livre-docente da faculdade de Medicina da USP.

O critério específico exigido para a composição da Banca Examinadora era que fossem pesquisadores destacados e que estudassem áreas relacionadas ao tema da tese.

Durante seu estudo, se verificou que 46,5% dos médiuns tinham escolaridade superior ou superior com pós-graduação. O Censo Brasileiro de 2000 mostrou que o Espiritismo é a única religião em que a proporção de adeptos aumenta quanto maior o nível educacional do segmento estudado.

Doutor Almeida analisou se os médiuns espíritas sofrem de transtornos dissociativos, psicóticos ou transtornos de personalidade múltipla e percebeu que, como qualquer indivíduo, eles podem apresentar estes e outros transtornos mentais, no entanto, a prevalência de problemas psiquiátricos entre os médiuns estudados foi menor que o encontrado na população em geral.

Então os médiuns espíritas não são esquizofrênicos, como se pensava o conhecimento popular; eles são até mais saudáveis que a população em geral, isto, apesar de terem muitas vivências alucinatórias e de influência que normalmente são consideradas como sintomas clássicos de esquizofrenia.

A mediunidade é vista, ou deveria ser vista pela medicina como uma expressão de manifestação cultural, religiosa, que não necessariamente é patológica e a explicação de sua origem, as ideias habitualmente consideradas como um fenômeno dissociativo em que se manifestam conteúdos do inconsciente do indivíduo estão baseadas em muitas opiniões e poucas pesquisas. A mediunidade não é causa de doenças mentais apesar de, historicamente, nos últimos 150 anos ter se acreditado nisto, não há evidências a este respeito.

No ponto de vista do doutor Almeida, a mediunidade é uma manifestação de uma habilidade humana que tem estado presente na maioria das civilizações ao longo da história. Ele diz: “A origem destas vivências em muitos casos, podem estar realmente no inconsciente dos médiuns. Entretanto, há um considerável número de casos em que esta explicação é insuficiente, apontando para alguma fonte externa ao médium” e completa:

“A psiquiatria deve estar interessada numa visão abrangente e multifacetada do ser humana, assim a espiritualidade deve ser levada em conta, como todas as demais dimensões da existência humana. Por fim, a mediunidade é uma vivência que pode nos revelar muito sobre o funcionamento da mente e sua relação com o corpo.” (ALMEIDA, 2011).

Para distinguir, em seus pacientes, o que pode ser mediunidade de distúrbios meramente neuropsicológicos, ele admite não ser uma tarefa tão simples: “Faz-se necessária uma avaliação cuidadosa e ampla da pessoa, o que ela tem vivenciado, suas crenças e seu contexto social e cultural”, diz doutor Almeida.

“Em linhas gerais, para uma certa vivência ser considerada indicativa de um transtorno mental, deve estar associada a sofrimento, falta de controle sobre sua ocorrência, gerar incapacitação, coexistir com outros sintomas de transtornos mentais e não ser aceita pelo grupo cultural ao qual pertence o indivíduo.” (ibdem).

Ao receber um paciente doente e portador de faculdade mediúnica, Dr. Almeida trata o transtorno mental existente classicamente, e recomenda que o paciente continue com suas práticas religiosas. No entanto, se ele estiver com desequilíbrios mais graves, inicia-se o tratamento farmacológico e psicoterápico e solicita-se o afastamento das atividades mediúnicas, recomendando que continue participando das demais atividades religiosas (palestras, orações, cultos, passes…).

O estudo do Dr. Almeida reuniu a maior amostra de médiuns espíritas investigados na área médica no mundo. A tese já teve repercussões no meio médico e em algum centro de investigação universitário. Ele tem apresentado os resultados da tese em congressos científicos no Brasil e nos EUA, como por exemplo o Congresso Brasileiro de Psiquiatria e International Conference on Mediumship promovido pela Parapsychology Foundation. Nesses congressos científicos, os investigadores brasileiros e norte-americanos reagiram à sua investigação muito bem, demonstrando bastante interesse.

Para o Dr. Almeida a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec, é uma proposta bem fundamentada de se fazer uma investigação científica e com bases empíricas de fenômenos antes considerados metafísicos e fora do alcance da ciência.

Com relação ao NEPER – Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Dr. Almeida explica que se trata de um grupo de estudos interdisciplinar das relações entre religiosidade saúde, composto por psiquiatras, neurologistas, historiadores, psicólogos, antropólogos e filósofos. O NEPER não está vinculado a nenhuma religião, se prende apenas à rigorosa investigação científica nesta área.

Na Europa já existem iniciativas muito interessantes na área da espiritualidade, como a Fundação BIAL em Portugal, a Society for Psychical Research e muitos médicos britânicos que investigam o tema, bem como a disciplina de parapsicologia da Universidade de Edimburgo, além de iniciativas das Associações Médico-Espíritas. Eles continuam com o interesse e a investigação cada vez mais desafiadoras dessa fascinante relação entre espiritualidade e ciência.

Sintetizando, portanto as principais conclusões do Dr. Almeida em sua Tese de Doutorado sobre “Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas”, temos:

Os médiuns espíritas diferiam das características de portadores de transtornos de personalidade múltipla e possuíam uma alta média de sintomas de primeira ordem para esquizofrenia, mas estes não se relacionavam aos escores de outros sintomas psiquiátricos e não se relacionavam a problemas no trabalho, família ou estudos.

A maioria teve o início de suas manifestações mediúnicas na infância e estas, atualmente, se caracterizam por vivências de influência ou alucinatórias que não necessariamente implicam num diagnóstico de esquizofrenia.

A mediunidade provavelmente se constitui numa vivência diferente do transtorno de personalidade múltipla.

Fonte: http://alquimiapopular.wordpress.com/2012/02/11/psiquiatra-defende-tese-de-doutorado-sobre-mediuns-espiritas/

domingo, 14 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) VII

...segundo o Espiritismo


Pedagogia Espírita: um Projeto Brasileiro e suas Raízes Histórico-Filosóficas - Dora   Incontri - Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Educação da USP.


Esta tese apresenta a Pedagogia Espírita, como uma proposta nascida no Brasil, atualmente o país com maior número de adeptos do Espiritismo no mundo, mas cujas raízes remontam a Sócrates e Platão, passando por interpretações nãoortodoxas do Cristianismo e por pedagogos, como Comenius, Rousseau e
Pestalozzi, que influenciaram Kardec, educador francês e codificador da doutrina espírita. A primeira parte da tese discute as bases epistemológicas do Espiritismo, que se pretende ciência, filosofia e religião, e defende o que se chama neste trabalho de “o paradigma do espírito”. Contextualizada a doutrina de Kardec, primeiro no século XIX, em que surgiu, e depois no século XX, estabelecem-se paralelos e confrontos com vertentes atuantes nesses períodos. Nesse diálogo, faz-se uma leitura crítica de alguns elementos do pós-moderno, a partir da visão espírita, propondo-se o paradigma do espírito como alternativa às perplexidades epistemológicas e existenciais que o homem contemporâneo enfrenta. A segunda parte da tese examina as heranças e abordagens do Espiritismo e suas conseqüências pedagógicas, buscando evidenciar que o paradigma do espírito vinha sendo constituído desde os gregos e, com isso, faz-se uma releitura da tradição ocidental.

Descrevendo-se especificamente as contribuições de Sócrates e Platão, Comenius, Rousseau e Pestalozzi, encerra-se esta parte com a abordagem proposta por Kardec. Na terceira parte, faz-se um estudo exploratório da teoria e da prática de uma Pedagogia Espírita emergente no Brasil, desde princípios do século XX, dando voz a educadores e pensadores espíritas, até agora ignorados no contexto da cultura brasileira. Os que fazem parte desta análise, pela contribuição original que deram à construção da Pedagogia Espírita são: Eurípedes Barsanulfo (1880-1918), Anália Franco (1853-1919), Tomás Novelino (1901-2000), Ney Lobo (1919- ) Pedro de Camargo (Vinicius) (1878-1966) e J.Herculano Pires (1914-1979). A terceira parte termina com a apresentação de uma proposta de Pedagogia Espírita, com seus fundamentos filosóficos, princípios gerais e aplicações práticas. 

Conclui-se a tese, com a inserção da proposta pedagógica espírita num projeto de educação brasileira, como elemento de influência para fazer validar a dimensão espiritual do educando.

Para baixar a tese clicar aqui.

sábado, 13 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) VI


Obras complementares

Na pequena coletânea abaixo temos "palavras de sabedoria, simples" do Chico Xavier. Foram colhidas nas entrevistas que ele concedeu, em diversos meios de comunicação, sob a inspiração de Emmanuel. O prefácio desta obra segue ao final destes 40 trechos.

Palavras de Chico Xavier 
Espírito Emmanuel

1
Respeito os estudos sobre o Apocalipse, mas não tenho largueza de pensamento para interpretar o Apocalipse como determinados técnicos o interpretam e situam. Mas, acima do próprio Apocalipse, eu creio na bondade eterna do Criador que nos insuflou de vida imortal. Então, acima de todos os Apocalipses, eu creio em Deus e na imortalidade humana, e essas duas realidades preponderarão em qualquer tempo da humanidade.

2
Dentro da visão espírita-cristã, céu, inferno e purgatório começam dentro de nós mesmos. A alegria do bem praticado é o alicerce do céu. A má intenção já é um piso para o purgatório e o mal devidamente efetuado, positivado, já é o remorso que é o princípio do inferno.

3
Acreditamos que para melhores esclarecimentos sobre médiuns e mediunidade, as obras de Allan Kardec devem ser consultadas e estudadas. Com todo o nosso respeito aos entrevistadores, devemos dizer que solicitar de nós uma explicação sobre Deus é o mesmo que pedir a um verme para que se pronuncie quanto à glória e a natureza do Sol, embora o verme, se pudesse falar, diria, com toda a certeza, da veneração e do amor que consagra ao Sol que lhe garante a vida.

4
Agora, o problema no Brasil, pessoalmente, opinião minha, o que deveria ser faceado pela comunidade brasileira como um dos problemas mais sérios é o problema do trabalho. O amor ao trabalho e a fidelidade ao cumprimento do dever. Se nós todos trabalharmos, se carpirmos a terra, se construirmos, se lidarmos com a pedra, com o barro, com a sementeira, com os fios; se tecermos; se todos nós nos unirmos para criar valores em nosso benefício, a pobreza deixará de existir.

5
Não posso julgar os companheiros que sintam receio da mediunidade, porque a minha mediunidade realmente começou muito cedo, eu não tive oportunidade de sentir medo, isso para mim começou em criança em minha vida, e passou a fazer parte de minha existência atual.

6
Eu penso com aquela assertiva do nosso André Luiz, que é um mentor que nós respeitamos, se cada um de nós consertar de dentro o que está desajustado, tudo por fora estará certo.

Aprendi desde muito cedo a venerar Nosso Senhor Jesus Cristo, na fé que minha mãe me transmitiu desde os 2 anos de idade. Um dia, tendo perguntado a ela como orientar minhas preces, minha mãe ensinou-me a considerar Jesus como Nosso Senhor e Mestre. Nas rodopias do tempo, eu fui compreendendo que Jesus é realmente o Guia Espiritual da Humanidade, perante Deus, a quem nós chamamos, segundo o ensinamento dele mesmo, de Pai Nosso que está nos Céus.

8
Nunca nos cansaremos de repetir que mediunidade é sintonia. Subamos aos cimos da virtude e do conhecimento e a mediunidade, na condição de serviço de sintonia com o Plano Divino, se elevará conosco.

9
Aceitemos com humildade o concurso sagrado daqueles que se constituem nossos benfeitores nas Esferas Mais Altas e estendamos aos nossos irmãos mais necessitados que nós mesmos os braços fraternos que o Espiritismo envolve em bênçãos de revelação e de amor.

10
Quando cada um de nós transformar-se em livro atuante e vivo de lições para quantos nos observam o exemplo, as fronteiras da interpretação religiosa cederão lugar à nova era de fraternidade e paz que estamos esperando.

11
A vitória na luta pelo bem contra o mal caberá sempre ao servidor que souber perseverar com a Lei Divina até o fim.

12
Somos companheiros otimistas no campo da fraternidade. Se Jesus espera no homem, com que direito deveríamos desesperar? Aguardemos o futuro triunfante, no caminho da luz. A Terra é uma embarcação cósmica de vastas proporções e não podemos olvidar que o Senhor permanece vigilante no leme.

13
O amor é ciência de sublimação para Deus e a felicidade para crescer deve dividir-se. Não há ruptura de laços entre os que se amam no infinito do espaço e na eternidade do tempo. As almas afins se engrandecem constantemente repartindo as suas alegrias e os seus dons com a Humanidade inteira, não existindo imitações para o amor, embora seja ele também a luz divina a expressar-se em graus diferentes nas variadas esferas da vida.

14
O amor é o clima em que as menores expressões da vida, em todos os planos, crescem nos laboratórios do tempo, para a divina glorificação.

15
Tenho aprendido com os Benfeitores Espirituais que a paz é doação que podemos oferecer aos outros sem tê-la para nós mesmos. Isto é, será sempre importante renunciar, de boa vontade, as vantagens que nos favoreceriam, em favor daqueles que nos cercam. Em razão disso, seríamos todos nós, artífices da paz, começando a garanti-la por dentro de nossas próprias casas e dos grupos sociais a que pertençamos.

16
Esperemos que o amor se propague no mundo com mais força que a violência e a violência desaparecerá, à maneira da treva quando a luz se lhe sobrepõe. Consideremos, porém, que essa obra, naturalmente, não prescindirá da autoridade humana, mas na essência e na prática exige a cooperação de nós todos.

17
Acreditamos que as administrações na Terra, gradativamente, estão resolvendo o problema da penúria, mas até que o problema seja solucionado, admito seja nossa obrigação auxiliar-nos, uns aos outros, para que as provações da carência sejam atenuadas.

18
Não vemos luta competitiva entre a Doutrina Espírita e as religiões tradicionais que zelam pela memória e pelos ensinos de Jesus. Ante o Evangelho do Divino Mestre, a Doutrina Espírita é portadora de princípios que aclaram com segurança as lições do Cristo, sem qualquer pretensão de superioridade sobre as organizações cristãs, sempre dignas do maior respeito.

19
Acreditamos que o Criador nos fez ricos a todos, sem exceção, porque a riqueza autêntica, a nosso ver, procede do trabalho e todos nós de uma forma ou de outra, podemos trabalhar e servir. Quanto à felicidade, cremos que ela nasce na paz da consciência tranqüila pelo dever cumprido e cresce, no íntimo de cada pessoa, à medida que a pessoa procura fazer a felicidade dos outros, sem pedir felicidade para si própria.

20 
Indubitavelmente. Vemos o Espiritismo influenciando, não apenas no campo da Arte, mas em quase todos os setores da inteligência humana.

21
Não acreditamos que criaturas humanas e comunidades humanas consigam ser felizes sem a idéia de Deus e sem respeito aos semelhantes.

22
A alma humana não pode viver sem religião. Quanto mais o materialismo cresce, mais nosso Espírito tem saudade da união com Deus. Isso é nato em cada um de nós. Toda pessoa tem essa sede.

23
Segundo admitimos, o padrão ideal para a convivência pacífica entre as criaturas da Terra, está contido naquele inesquecível mandamento de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Quando este preceito for praticado, certamente usufruiremos a felicidade do Mundo Melhor com que todos sonhamos.

24
Creio que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.

25
Não há ninguém desamparado. Assim como aqui na Terra, na pior das hipóteses, renasceremos a sós, em companhia de nossa mãe, mas nunca sozinhos, no mundo espiritual também a Providência Divina ampara todos os seus filhos.

Ainda aqueles considerados os mais infelizes, pelas ações que praticaram e que entram no mundo espiritual com a mente barrada pela sombra, que eles próprios criaram em si mesmos, ainda esses têm o carinho de guardiães amorosos que os ajudam e amparam, no mundo de mais luzes e mais felicidade.

26
Temos aprendido com os Benfeitores da Vida Maior que todos os três aspectos do Espiritismo são essencialmente importantes, entretanto, o religioso é o mais expressivo por atribuir-nos mais amplas responsabilidades de ordem moral, no trato com a vida.

27 
Emmanuel costuma afirmar-nos que, sem religião, seríamos na Terra, viajores sem bússola, incapazes de orientar-nos no rumo da elevação real.

28
Segundo os mensageiros da Espiritualidade Maior, nós, as criaturas terrestres de todas as idades, superaremos as crises atuais e dizem que as transformações aflitivas do Mundo moderno se verificam para o bem geral.

29
Os nossos guias espirituais traduzem a nossa insatisfação, no mundo inteiro, como sendo a ausência de Jesus Cristo em nossos corações.

30
Precisamos desalojar o ódio, a inveja, o ciúme, a discórdia de nós mesmos, para que possamos chegar a uma solução em matéria de paz, de modo a sentirmos que “os tempos são chegados” para a felicidade humana.

31
Na ignorância não conseguiríamos, como não conseguiremos, enxergar o caminho real que Deus traçou a cada um de nós na Terra. Todos nós, sejamos crianças ou jovens, adultos ou já muitíssimos maduros, devemos estudar sempre.

32
A vida está repleta da beleza de Deus e por isso não nos será lícito entregar o coração ao desespero, porque a vida vem de Deus, tal qual o Sol maravilhoso nos ilumina.

33
Ainda sabendo que a morte vem de Deus, quando nós não a provocamos, não podemos, por enquanto, na Terra receber a morte com alegria porque ninguém recebe um adeus com felicidade, mas podemos receber a separação com fé em Deus, entendendo que um dia nos reencontraremos todos numa vida maior e essa esperança deve aquecer-nos o coração.

34
Acreditamos que para que o homem atinja a perfeição não se pode menosprezar os valores do Espírito. 

Todos estamos formulando votos aos Poderes Divinos que governam o Mundo e a Humanidade, para que o homem se volte para dentro de si mesmo a fim de que nós todos, dentro dessa interiorização, venhamos a compreender que sem os valores da alma não podemos avançar muito tão-só com os valores físicos que são praticamente transitórios.

35
Mas a pessoa sã, em plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.

36
Os nossos Benfeitores Espirituais nos esclarecem, freqüentemente, que a Doutrina Espírita formula explicações mais lógicas, mais simples em torno dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, explicações essas, que nós encontramos com muita riqueza de minudências nas obras codificadas por Allan Kardec. Mas, explicam também, que todas as religiões são respeitáveis e que nossa atitude, diante de todas elas, deve ser de extremada veneração, pelo bem que elas trazem às criaturas humanas e por serem igualmente sustentáculos do bem na comunidade em nome de Deus.

37
Estávamos, certa vez, sob chuvas de observações e eu pedi ao Espírito de Emmanuel: “que fazer! dizem tanto mal...” e ele respondeu: “Olha, a boca do mal na Terra é como a boca da noite. Ninguém consegue fechá-la. Vamos trabalhar, trabalhar...”

38
Cremos que, em matéria de compreensão e experiência, todos nos assemelhamos aos frutos que o tempo vai amadurecendo a pouco e pouco.

39
A mediunidade pode manifestar-se através da pessoa absolutamente inculta, mas os Bons Espíritos são de parecer que todos os médiuns são chamados a estudar a fim de servirem com mais segurança.

40
A solidão é boa somente para refletir, porque, sem dúvida, fomos criados para viver uns com os outros.

Palavras de Luz

Aqui encontraremos, Leitor Amigo, uma coletânea de pensamentos preciosos emitidos pelo médium Chico Xavier, quando entrevistado em diversos momentos, sempre assistido por Emmanuel, o incansável Benfeitor Espiritual que supervisiona sua tarefa mediúnica desde os primeiros dias.

Todos os pensamentos que constituem este livro, claramente alicerçados em Jesus e Kardec, por elucidarem, com tanta simplicidade e sabedoria, temas dos mais complexos que interessam de perto a todos nós, podem ser considerados como raios de luz capazes de iluminar nossas mentes e aquecer nossos corações.

Que possamos todos, com a leitura e meditação destas Palavras, colher abençoados frutos de paz íntima e compreensão mais ampla.

Hércio Marcos Cintra Arantes

Araras, 27 de maio de 1995.

Editora Instituto de Difusão Espírita (IDE).

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) V

Obras complementares

O trabalho dos mortos, de Nogueira de Faria, conforme compilação do Grupo de Fraternidade Espírita Irmã Clotildes. 


Este repositório de provas concretas da sobrevivência da alma enfeixa documentos divulgados na imprensa, ou registrados em atas, referentes aos fenômenos mediúnicos de efeitos observados pelo Sr. Eurípedes Prado, obtidos graças à mediunidade de sua esposa, Sra. Ana Prado. Reunindo toda essa preciosa documentação e cerca de cinqüenta ilustrações, Nogueira de Faria imprimiu aos seus relatos a seriedade e o vigor científicos, tecendo-os, entretanto, numa linguagem descritiva, amena e agradável. A obra apresenta, entre outras, as admiráveis sessões de materialização de Rachel, filha de Frederico e D. Esther Fígner, desencarnada em 30 de março de 1920, aos vinte e um anos de idade. São depoimentos de um coração materno, plenamente reconfortado após o reencontro com a filha querida. Tal o “Trabalho dos Mortos” que, a par de oferecer elementos de estudos à Ciência, leva o conforto e a esperança às almas sofredoras. 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) III

Revista Espírita (Kardec)

Allan Kardec lançou uma revista mensal, entre 1858 e 1869, para difundir as ideias espíritas e promover o debate em torno dos temas que ele ia investigando enquanto codificava o Espiritismo

Ao ler estas revistas nós podemos acompanhar como foi sendo organizado os princípios que sustentam o edifício doutrinário espírita, a partir da investigação científica e do diálogo entre Kardec e seus companheiros da Sociedade Espírita de Paris e os Espíritos Superiores.

Clique na imagem de cada revista/ano de publicação e baixe-a para ler. 


                                
                                         
                                
                    
                                
         
                                
               

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) II

Obras complementares (Kardec)

Allan Kardec deixou outras obras que, mesmo não compondo o núcleo básico da codificação espírita, são importante fonte de estudos.

Obras póstumas

O que é o espiritismo

Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita

Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas 

Acervo Digital Espírita (textos de leitura, consulta e estudo) I

Obras básicas (Kardec)

Como sabemos, as obras básicas da Doutrina Espírita, de Allan Kardec, são as que se seguem abaixo, lançadas respectivamente em:

O Livro dos Espíritos - 1857
O Livro dos Médiuns - 1861
O Evangelho Segundo o Espiritismo - 1864
O Céu e o Inferno - 1865
A Gênese - 1867 

Para baixar em pdf e ler em seu computador, tablet ou smartphone clique nos títulos abaixo.       


A Gênese A Gênese                        O Céu e o Inferno O Céu e o Inferno


O Evangelho Segundo o Espiritismo O Evangelho Segundo o Espiritismo                


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

se somos Espíritos imortais, cabe-nos o despertar para esta realidade, todos os dias...


...numerosas  criaturas  atravessarão  o  dia  à  maneira  do irracional, em movimentos quase mecânicos. Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.
Muito antes que a Joanna de Ângelis nos trouxesse a descrição psicológica do "homem fisiológico", o Emmanuel já nos brindava com pequenas citações em que o "homem de rotina" é tão bem desenhado.

O recado tem sido dado. Quem tem procurado abrir os sentidos, tem ouvido e procurado refletir, elevar-se, lapidar-se.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Você é melindroso?


Os Espíritos amigos, por meio do Chico Xavier, ampliaram muito o de campo de possibilidades de autoconhecimento e reflexão em torno das nossas atitudes e sentimentos.

Lendo um trecho de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, nos deparamos com o trecho abaixo:

Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.

O melindre, em particular, é tema recorrente nos escritos de Emmanuel.

Vejamos o que os dicionaristas têm a dizer sobre o melindre:

Houaiss - disposição para se ressentir de coisa insignificante; suscetibilidade.

Aurélio - facilidade de magoar-se, de ofender-se; suscetibilidade.

Estar, portanto, melindrado não é certamente um bom estado de espírito... Este "baixo limiar à contrariedade" sempre esconde orgulho ferido, vaidade tola e outras esquisitices que guardamos cá dentro do peito.

Se nos sentirmos às voltas com o melindre, em qualquer situação, respiremos fundo, oremos e sacudamos a poeira de velhas disposições interiores que nos prendem à inferioridade, àquelas experiências do passado milenar que nos inclina a reincidir nas manias do velho homem que deveremos superar.

Aprender, neste sentido, engolir sapo, relevar o erro alheio, exercitar o perdão é sempre o melhor remédio. Há muito que realizar e perder tempo com melindres não é, definitivamente, uma atitude sensata.