A visão espírita em relação ao aborto e suas práticas parte de uma simples premissa: nós, seres humanos, somos constituídos de três elementos - o corpo físico, o corpo espiritual (ou perispírito) e o espírito, propriamente dito.
Quando encarnados, somente é possível distinguirmos, por meio dos nossos sentidos comuns, o nosso corpo físico. O perispírito, que se acopla e permanece ajustado ao nosso corpo, célula a célula, não está aprisionado a ele, sendo somente percebido por aqueles que detém uma sensibilidade apropriada - os sensitivos (que, quase sempre, são também médiuns).
Quando desencarnados, nos apresentamos com o nosso corpo espiritual (perispírito ou psicossoma) e nos vemos, nesta condição, uns aos outros, na esfera espiritual, tanto quanto vemos os encarnados (aqui mesmo na superfície do planeta ou na espiritualidade, quando os humanos encarnados para lá se deslocam, durante o sono ou emancipados por outros meios).
O espírito, essa "centelha radiante", o ser-em-si, ainda estamos longe de conceber, quando mais de os percebermos por meio de nossos sentidos comuns...
Por vivermos, portanto, ora como encarnados, ora como desencarnados, nós nos vestimos com um corpo físico ou nos desvestimos quando não mais precisamos das experiências junto dele. Nós reencarnamos e, após, a estadia no corpo denso, que pode demorar de alguns minutos a muitos anos, deixamos a veste física e retornamos ao mundo espiritual.
A questão do aborto se inicia, portanto, a partir do fato de que o nascimento de alguém na Terra é, na verdade, o retorno de um Espírito desencarnado, que volta para mais uma experiência na vida física.
Sem a "centelha radiante", devidamente revestida de um envoltório, isto é, sem a presença do ser espiritual nenhuma gravidez segue o seu curso completo, que culmina no nascimento do bebê. E mais: sem a presença do Espírito desencarnado a moldar o feto, o corpo em formação, não há possibilidade do bebê nascer e se desenvolver normalmente.
Como provar, porém, que existe um ser espiritual, que preexiste e que retorna à vida física, em mais uma edição?
Mais ainda: como provar que efetivamente o corpo humano é criado, no ventre materno, sob a presença e indução deste ser espiritual?
Os céticos poderiam refazer, desde o início, todos os experimentos de Kardec, a começar das mesas girantes. Assim, poderiam "demolir os mitos" na sua nascente. Por quê não tentam?!
Os que não precisam mais "ver para crer" podem começar a investigação da leitura de O Livro dos Espíritos e das muitas obras subsidiárias, principalmente a de um pesquisador brasileiro, ainda "entre nós", o Hermínio Correa de Miranda. Um bom livro, que estou a reler, é Nossos Filhos são Espíritos.
Continuaremos. Até já!
domingo, 25 de setembro de 2011
aborto na visão espírita (i)
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