terça-feira, 21 de abril de 2009

Preleção de Eurípedes

Preleção de Eurípedes

Caros amigos e irmãos em Cristo!

Iluminados pelo Espiritismo, carregamos a lucidez necessária para o entendimento da vida.

Trazemos no coração o desejo ardente de contribuirmos com o Movimento Espírita brasileiro. Nossos esforços devem convergir para animarmos os confrades na carne, a fim de continuarem no bom combate.

Desde os tempos apostólicos, a mensagem de Jesus sofre o flagelo da desfiguração e dos desvios. Por toda parte, as mentes menos dignas, intérprete das sombras, se debruçam sobre os candidatos a discípulos do Mestre.

Desde a fundação da Igreja dos Imperadores, a mensagem do Mestre é corrompida. O período medieval levantou-se ciclópico, num domínio gigantesco de quase mil anos. Interesses materiais, poder, guerras, cruzadas, assassinatos, torturas, fausto, simonia e outras barbáries sinalizavam o domínio das trevas agindo por meio das tendências dos homens.

Contudo, os céus não se fizeram surdos às suplicas dos verdadeiros servos do senhor e os Emissários da vida do infinito, quais soldados alados, agregaram-se na terra, matriculando-se no largo e árduo serviço de reestruturação da Igreja. Francisco e Clara de Assis, Wyclif, Huss, Joanna D'arc e Lutero foram umas das inúmeras respostas de Deus.

Lentamente a humanidade se libertava, e os Espíritos do Senhor, de longa data, se organizaram para o advento do paracleto, do Espírito de Verdade. Quantos se ofereceram para doarem a vida em trabalho cristão no cenário terrestre! Entretanto, por um programa divino, bem poucos puderam retornar. A maioria aguarda ainda hoje, a honra do renascimento.

Após a revolução científica, depois dos apontamentos de Bacon, Galileu e Newton, surgem novas esperanças, enfim o ambiente necessário, e a Europa tornou-se o palco, o berço, do Consolador Prometido. Vozes angélicas cantavam a retomada da Verdade nos cultos cristãos, entoando em uníssono o nome de Allan Kardec.

148 anos depois as trevas tornam a se debruçar sobre os incautos, os doentes do espírito, os vaidosos e atormentados, visando a tumultuar a Verdade.

Hoje, como ontem, a humanidade precisa de seus mártires, dos que possam ofertar a vida, em trabalho, defendendo os princípios basilares de nossa doutrina. Ouçamos as vozes dos céus, dos Espíritos do Senhor! Quais estrelas candentes percorrem nossas vidas iluminando e cantando - Fidelidade a Kardec!

Trabalhemos para que as mentes iludidas despertem para o Bem! Trabalhemos incansavelmente para que nosso Movimento Espirita não faça do comércio exagerado a bandeira que nos revela!

Dignifiquemos a literatura espírita na produção e no mercantilismo, colocando a Verdade ao alcance de todos!

Evitemos em nossos núcleos, as disputas políticas que abrem as portas aos inimigos do Amor.

Olvidemos em nossos centros espíritas, as terapias alternativas, que podem ter seu lugar nos dignos consultórios e profissionais de cada área, sem mesclá-las, porém, em nossas atividades.

Atuemos em silêncio, preferindo a suportação ao ataque, o diálogo amigo à língua ferina. Reflitamos e operemos procurando sempre a Verdade, somente assim estaremos mais próximos de Jesus.

O Espiritismo é a doutrina sublime que resgata os ensinos puros do Cristo. Contudo, em face de todos esses acontecimentos, nosso movimento prossegue espalhando o bem e a paz. Inúmeros companheiros, heróis anônimos para o mundo mas identificados e reconhecidos por Deus, permanecem firmes!

Centros Espíritas doutrinariamente corretos, creches, casas de reabilitação, escolas, projetos assistenciais dos mais variados, conduzidos com ética e amor, homens e mulheres viajando o Brasil e o exterior, divulgando a doutrina com o mesmo idealismo dos tempos apostólicos, representam nossas esperanças no planeta.

Por isso, por todas as obras e atividades honestamente desenvolvidas em nome do Espiritismo, nesses quase dois séculos da Era Espirita, é que devemos redobrar nossa vigilância doutrinária, repetindo com amor Kardec ontem! Kardec hoje! Kardec amanhã!

Fonte: Yvonne entre nós, de Yvonne do Amaral Pereira, psicografia de Emanuel Cristiano, ed. Allan Kardec.

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