Estou, pois, estudando o fenômeno da perda e em busca de base para tal estudo digitei no Google "estudos sobre a perda". Encontrei trechos da obra de Maria Júlia Kovács, especialista brasileira neste tema.
Vejamos o que li:
" As perdas e a sua elaboração fazem parte do cotidiano, já que são vividas em todos os momentos do desenolvimento humano. São as perdas por morte, as separações amorosas, bem como, as perdas cosideradas como "pequenas mortes", como, por exemplo, as fases do desenvolvimento, da infância para a adolescência, vida adulta e velhice. São também vividas como "pequenas mortes" mudanças de casa, de emprego. O matrimônio e o nascimento do filho também são "mortes simbólicas", onde uma pessoa perde algo "conhecido", como o papel de solteiro e o de filho, e vive o "desconhecido" de ser cônjuge ou pai. Estas situações podem despertar angústia, medo, solidão e, neste ponto, trazem alguma analogia com a morte. Carregam em si elementos de sofrimento, dor, tristeza e uma certa desestruturação egóica. Um tempo de elaboração se faz necessário". (Maria Júlia Kovács. Capítulo 9: "Morte, Separação, Perdas e o Processo de Luto". In: Morte e Desenvolvimento Humano. 2 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992, pp. 163-164).A noção de perda é bem mais ampla do que o nosso senso comum permite perceber. Gostei, especialmente, do termo "pequenas mortes" e "morte simbólica". Eles ajudam a pensar e a buscar meios de expressar para os leitores comuns o que seja este doloroso processo / fenômeno / acontecimento...
Aproveito para mostrar um cartaz encontrado, mesmo que o evento já tenha ocorrido...