quarta-feira, 14 de julho de 2010

Melindre

Os Espíritos amigos, por meio do Chico Xavier, ampliaram em muito o que podemos denominar de campo de possibilidades de auto-conhecimento e reflexão em torno das nossas atitudes e sentimentos.

Lendo um trecho de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, nos deparamos com o trecho abaixo:
Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos
cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos
desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos,
porém, ao personalismo inferior.
O melindre, em particular, é tema recorrente nos escritos de Emmanuel.

Os dicionários nos diz algo sobre o melindre:
Houaiss - disposição para se ressentir de coisa insignificante; suscetibilidade;
Aurélio - facilidade de magoar-se, de ofender-se; suscetibilidade.
Estar, portanto, melindrado não é certamente um bom estado de espírito... Este "baixo limiar à contrariedade" sempre esconde orgulho ferido, vaidade tola e outras esquisitices que guardamos cá dentro do peito.

Se nos sentirmos às voltas com o melindre, em qualquer situação, respiremos fundo, oremos e sacudamos a poeira de velhas disposições interiores que nos prendem à inferioridade, àquelas experiências do passado milenar do velho homem que deveremos superar.

Aprender, neste sentido, engolir sapo, relevar o erro alheio, exercitar o perdão é sempre o melhor remédio. Há muito o que realizarmos. Não percamos tempo com melindres, pois.

sábado, 3 de julho de 2010

Se acreditando já é difícil seguir adiante...

NÃO CRER

“Mas quem não crer será condenado.” — Jesus. (MARCOS, capítulo 16, versículo 16.)

Os que não crêem são os que ficam. Para eles, todas as expressões da vida se reduzem a sensações finitas, destinadas à escura voragem da morte.

...os que não crêem, limitam os próprios horizontes e nada enxergam senão com os olhos destinados ao sepulcro, adormecidos quanto à reflexão e ao discernimento.

...quantos não crêem, na grandeza do próprio destino, sentenciam a si mesmos às mais baixas esferas da vida. Pelo hábito de apenas admitirem o visível, permanecerão beijando o pó, em razão da voluntária incapacidade de acesso aos planos superiores, enquanto os outros caminham para a certeza da vida imortal.

A crença é lâmpada amiga, cujo clarão é mantido pelo infinito sol da fé. O vento da negação e da dúvida jamais consegue apagá-la.

A descrença, contudo, só conhece a vida pelas sombras que os seus movimentos projetam e nada entende além da noite e do pântano a que se condena por deliberação própria.

Trechos do ensaio de Emmanuel, em Caminho, verdade e vida, psicografia do Chico Xavier.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Deus espera e confia em nós. E nós uns com os outros?

A mensagem, abaixo, de Emmanuel, em Caminho, Verdade e Vida, na psicografia do Chico Xavier tem muito o que nos ensinar quanto ao saber esperar quando nos deparamos com expressões transitórias do mal (que emana de nós ou do próximo).

Ei-la, na íntegra:

ESPEREMOS
“Não esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo.” — (MATEUS, capítulo 12, versículo 20.)

Evita as sentenças definitivas, em face dos quadros formados pelo mal.

Da lama do pântano, o Supremo Senhor aproveita a fertilidade.

Da pedra áspera, vale-se da solidez.

Da areia seca, retira utilidades valiosas. Da substância amarga, extrai remédio salutar. O criminoso de hoje pode ser prestimoso companheiro amanhã.

O malfeitor, em certas circunstâncias, apresenta qualidades nobres, até então ignoradas, de que a vida se aproveita para gravar poemas de amor e luz.

Deus não é autor de esmagamento.

É Pai de misericórdia.

Não destrói a cana quebrada, nem apaga o morrão que fumega.

Suas mãos reparam estragos, seu hálito divino recompõe e renova sempre.

Não desprezes, pois, as luzes vacilantes e as virtudes imprecisas. Não abandones a terra pantanosa, nem desampares o arvoredo sufocado pela erva daninha.

Trabalha pelo bem e ajuda incessantemente.

Se Deus, Senhor Absoluto da Eternidade, espera com paciência, por que motivo, nós outros, servos imperfeitos do trabalho relativo, não poderemos esperar?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Atendimento fraterno

Tornei-me um atendente no serviço de atendimento fraterno, no centro espírita em que colaboro, o Irmão Jacob, em Porto Velho-RO.

Eu não tinha dimensão do alcance das orientações que podemos dar durante este momento de acolhimento e diálogo!

Os casos, alguns simples, outros muito intricados, merecem estudo e análise.

Por ora, estou aprendendo a utilizar os recursos que detenho: a intuição, o conhecimento já adquirido e a vontade de auxiliar. Mas o fato é que tenho crescido muito nesta tarefa.

Que Deus me fortaleça e ampare, pois se temos os amigos a nos amparar, surgem também aqueles que nos desejam fora de circulação...

Seguirei firme e darei, mais tarde, mais notícias.

terça-feira, 29 de junho de 2010

As drogas do êxtase: hedonismo e luxúria

O maior produtor de superficializações de importâncias reais na vida é a luxúria. Por isso é que o capitulo 7 de Eclesiastes - entre outros trechos - nos diz que “é melhor” a casa onde há pranto, o dia da morte, o fim de todas as coisas, e a própria tristeza, que a casa dos folguedos e das muitas risadas, pois, é pelos encontros que se tem com a realidade como dor e lágrima, que “se faz melhor o coração”.

É nesse lugar-experiência-de-dor que se aprende o que é e o que não é, o que tem real valor, e o que é apenas miragem e engano. A contra mão dessa realidade, e que carrega em si o poder de falsificar a realidade e seus genuínos valores, é o hedonismo e a luxúria.

O hedonismo é uma droga de prazer instalada como dinâmica no aparelho psíquico, e que controla o indivíduo pela alegria da satisfação do desejo, e que cresce de tal modo que é capaz de anestesiar a consciência para o real significado das coisas.

O prazer passa a ser o valor supremo, e tudo o que não for prazer, não vale nada. Assim, a escala de valores está intimamente ligada ao pendor da psiquê. Realmente é do coração que nascem as fontes da vida. O hedonismo é também o valor. E a luxúria é a sua recompensa.

Ora, quando tais estados se estabelecem, qualquer outro valor, mesmo os verdadeiramente mais apreciados e amados pelo indivíduo, são relativizados quando a droga do prazer começa a correr nas veias da pessoa. A questão é que os frutos do hedonismo e da luxúria são banais e passageiros, são apenas vícios, drogas, injeções de vaidade narcisista.

No entanto, eles têm o poder de agredir, afrontar reais e essenciais valores do ser. Essas drogas de êxtase —hedonismo e luxúria— não apenas tiram o senso do indivíduo que está por eles possesso e adoecido, como também fazem suspensão acerca das gravidades implicadas naqueles atos, e que podem ferir terrivelmente, e até incuravelmente, pessoas e valores muito mais elevados, tanto como afronta ao amor-em-si, como também nos demais bens que dele decorrem na vida, e que dão vida verdadeira a todos os vínculos humanos.

Para simplificar, deixe-me ilustrar de modo bem baixo e simples, para que todos entendem o que estou dizendo: uma transada com a vizinha pode ser inevitável... até que destrói para sempre o seu casamento com a mulher que você genuinamente amava e nem sabia o quanto: a sua mulher. Nesse dia o cara põe a mão na cara e chora muito...

Tudo o que para ele, na casa das festas, era nada, agora será tudo em importância proporcional à própria dês-importância a ela atribuída pelo que “se apossava do prazer”, posto que agora ele terá que lidar com a verdadeira perda do amor que o alimentava, mas que era submetido a suspensões sempre que a droga do hedonismo estabelecia o valor do desvalor, e a recompensa da luxúria iludia o viciado.

O arrependimento entra nessa história como o elo que reconcilia a experiência do hedonismo luxuriante com a verdade daquilo que tem valor perene para o ser. O arrependimento vai buscar o sujeito no chão forrado com os tapetes púrpura da casa da luxúria, e terá como missão conduzi-lo de volta até ao que real, onde a alegria do prazer não é viciante, e nem faz a suspensão da realidade, antes aprofunda a vida nela, e de tal modo que é só então que o verdadeiro prazer pode ser conhecido como liberdade e alegria.

Algumas vezes, todavia, a pessoa tem que visitar a casa do luto a fim de que seu coração seja acordado dos torpores dos prazeres anestesiantes e fugazes, a fim de poder experimentar as próprias emoções como estabilidade, e, como verdadeiro prazer, que é aquele que se alegra no que é, não na ilusão de uma fantasia luxurienta. Somente nesse dia a pessoa aprende que o que tem valor, tem valor! É para Parar & Pensar! Caio

http://www.caiofabio.com/2009/doc.asp?codigo=02344

Caio Fábio é um conhecido líder evangélico, atuante e dotado de grande bom senso. Baixei seu texto para trabalhá-lo há algum tempo e agora repasso a outros leitores. Vale a pena ler.

domingo, 21 de março de 2010

CVV inaugurará serviço de atendimento via chat

Programa de apoio emocional e prevenção do suicídio do CVV operará online, via chat

O convite aí ao lado diz tudo, mas reprisaremos os principais pontos:

. O Centro de Valorização da Vida - CVV está investindo no atendimento online

. A convocação para os voluntários está na web.

. O primeiro curso de formação ocorrerá no dia 24 de abril (num sábado), em São Paulo.

. As inscrições são no próprio site do CVV WEB:

Torcemos para o sucesso desta nova iniciativa dos Samaritanos.

Ajudem, por favor, a divulgar. Em favor da paz e da vida!