Os Espíritos amigos, por meio do Chico Xavier, ampliaram muito o de campo
de possibilidades de autoconhecimento e reflexão em torno das nossas atitudes
e sentimentos.
Lendo um trecho de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, nos deparamos
com o trecho abaixo:
Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os
preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem
daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando
ouvidos, porém, ao personalismo inferior.
O melindre, em particular, é tema recorrente nos escritos de
Emmanuel.
Vejamos o que os dicionaristas têm a dizer sobre o melindre:
Houaiss - disposição para se ressentir de coisa
insignificante; suscetibilidade.
Aurélio - facilidade de magoar-se, de ofender-se;
suscetibilidade.
Estar, portanto, melindrado não é certamente um bom estado de
espírito... Este "baixo limiar à contrariedade" sempre
esconde orgulho ferido, vaidade tola e outras esquisitices que guardamos cá
dentro do peito.
Se nos sentirmos às voltas com o melindre, em qualquer situação,
respiremos fundo, oremos e sacudamos a poeira de velhas disposições interiores
que nos prendem à inferioridade, àquelas experiências do passado milenar que
nos inclina a reincidir nas manias do velho homem que deveremos
superar.
Aprender, neste sentido, engolir sapo, relevar o erro alheio, exercitar
o perdão é sempre o melhor remédio. Há muito que realizar e perder tempo com
melindres não é, definitivamente, uma atitude sensata.