quarta-feira, 30 de junho de 2010

Atendimento fraterno

Tornei-me um atendente no serviço de atendimento fraterno, no centro espírita em que colaboro, o Irmão Jacob, em Porto Velho-RO.

Eu não tinha dimensão do alcance das orientações que podemos dar durante este momento de acolhimento e diálogo!

Os casos, alguns simples, outros muito intricados, merecem estudo e análise.

Por ora, estou aprendendo a utilizar os recursos que detenho: a intuição, o conhecimento já adquirido e a vontade de auxiliar. Mas o fato é que tenho crescido muito nesta tarefa.

Que Deus me fortaleça e ampare, pois se temos os amigos a nos amparar, surgem também aqueles que nos desejam fora de circulação...

Seguirei firme e darei, mais tarde, mais notícias.

terça-feira, 29 de junho de 2010

As drogas do êxtase: hedonismo e luxúria

O maior produtor de superficializações de importâncias reais na vida é a luxúria. Por isso é que o capitulo 7 de Eclesiastes - entre outros trechos - nos diz que “é melhor” a casa onde há pranto, o dia da morte, o fim de todas as coisas, e a própria tristeza, que a casa dos folguedos e das muitas risadas, pois, é pelos encontros que se tem com a realidade como dor e lágrima, que “se faz melhor o coração”.

É nesse lugar-experiência-de-dor que se aprende o que é e o que não é, o que tem real valor, e o que é apenas miragem e engano. A contra mão dessa realidade, e que carrega em si o poder de falsificar a realidade e seus genuínos valores, é o hedonismo e a luxúria.

O hedonismo é uma droga de prazer instalada como dinâmica no aparelho psíquico, e que controla o indivíduo pela alegria da satisfação do desejo, e que cresce de tal modo que é capaz de anestesiar a consciência para o real significado das coisas.

O prazer passa a ser o valor supremo, e tudo o que não for prazer, não vale nada. Assim, a escala de valores está intimamente ligada ao pendor da psiquê. Realmente é do coração que nascem as fontes da vida. O hedonismo é também o valor. E a luxúria é a sua recompensa.

Ora, quando tais estados se estabelecem, qualquer outro valor, mesmo os verdadeiramente mais apreciados e amados pelo indivíduo, são relativizados quando a droga do prazer começa a correr nas veias da pessoa. A questão é que os frutos do hedonismo e da luxúria são banais e passageiros, são apenas vícios, drogas, injeções de vaidade narcisista.

No entanto, eles têm o poder de agredir, afrontar reais e essenciais valores do ser. Essas drogas de êxtase —hedonismo e luxúria— não apenas tiram o senso do indivíduo que está por eles possesso e adoecido, como também fazem suspensão acerca das gravidades implicadas naqueles atos, e que podem ferir terrivelmente, e até incuravelmente, pessoas e valores muito mais elevados, tanto como afronta ao amor-em-si, como também nos demais bens que dele decorrem na vida, e que dão vida verdadeira a todos os vínculos humanos.

Para simplificar, deixe-me ilustrar de modo bem baixo e simples, para que todos entendem o que estou dizendo: uma transada com a vizinha pode ser inevitável... até que destrói para sempre o seu casamento com a mulher que você genuinamente amava e nem sabia o quanto: a sua mulher. Nesse dia o cara põe a mão na cara e chora muito...

Tudo o que para ele, na casa das festas, era nada, agora será tudo em importância proporcional à própria dês-importância a ela atribuída pelo que “se apossava do prazer”, posto que agora ele terá que lidar com a verdadeira perda do amor que o alimentava, mas que era submetido a suspensões sempre que a droga do hedonismo estabelecia o valor do desvalor, e a recompensa da luxúria iludia o viciado.

O arrependimento entra nessa história como o elo que reconcilia a experiência do hedonismo luxuriante com a verdade daquilo que tem valor perene para o ser. O arrependimento vai buscar o sujeito no chão forrado com os tapetes púrpura da casa da luxúria, e terá como missão conduzi-lo de volta até ao que real, onde a alegria do prazer não é viciante, e nem faz a suspensão da realidade, antes aprofunda a vida nela, e de tal modo que é só então que o verdadeiro prazer pode ser conhecido como liberdade e alegria.

Algumas vezes, todavia, a pessoa tem que visitar a casa do luto a fim de que seu coração seja acordado dos torpores dos prazeres anestesiantes e fugazes, a fim de poder experimentar as próprias emoções como estabilidade, e, como verdadeiro prazer, que é aquele que se alegra no que é, não na ilusão de uma fantasia luxurienta. Somente nesse dia a pessoa aprende que o que tem valor, tem valor! É para Parar & Pensar! Caio

http://www.caiofabio.com/2009/doc.asp?codigo=02344

Caio Fábio é um conhecido líder evangélico, atuante e dotado de grande bom senso. Baixei seu texto para trabalhá-lo há algum tempo e agora repasso a outros leitores. Vale a pena ler.