Muitos de nós, presos ainda a concepções arcaicas acerca da leis de Deus, privilegiamos os aspectos que mais nos inclinam à aplicação da "justiça divina", o que chega a nos assombrar, conforme o modo como são expressas:
- A justiça divina não falha e todos um dia hão de encontrá-la! - e outras frases semelhantes.
É evidente que estamos mais apegados ao temor (que expressa antes, de tudo, a justiça) do que ao amor (expressão do perdão ou da misericórdia de Deus, em favor de todos).
Daí que somos ainda tão pouco compreensivos ao analisar/avaliar a conduta alheia...
E, por isso, até nos surpreendemos, quando alguém consegue superar-se, livrando-se dos embaraços do crime, em dias que se foram. Gostaríamos, mesmo, seria de vê-los "pagando pelos seus atos", pois "a justiça sempre alcança o devedor". Porém, eis que o "pecador" com o qual nos deparamos não esperou que a justiça o alcançasse, mas antes entregou-se ao "amor que cobre uma multidão de pecados" e por meio deste amor semeou a própria possibilidade de redimir-se diante de si mesmo e de Deus. Os homens, tardos e falhos, evidentemente não sabem que ele já está além, na boa colheita da sua semeadura e ainda o acusam e perseguem...
Por isso, estejamos atentos com o julgamento daqueles que pensamos ainda "estar em erro"! E fiquemos com as alentadoras palavras de Emmanuel. registradas na lição Estímulo fraternal, em Fonte Viva:
Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura.